08 dezembro 2013

RESENHA: BRUXOS E BRUXAS

Nossa nação é a única capaz de desempenhar um papel criativo e decisivo na Nova Ordem que está tomando forma em torno de nós.”

Essa frase foi proclamada durante as décadas de 1930 e 1940 por Adolf Hitler que programou na Alemanha a Nova Ordem, que foi um sistema político, econômico, territorial e social que a Alemanha nazista tentou estabelecer em primeiro lugar na Europa e, depois, expandir para o resto do mundo. Este livro não refere-se ao período em que Hitler era um líder, mas sim, quando O Único Que É O Único está no poder.

Bruxos e Bruxas conta a história dos irmãos Wisty e Whit, em que a vida deles muda de uma hora para outra. Não fazem à mínima ideia do que está acontecendo. Em uma noite a Nova Ordem invade a casa da família Allgood para capturá-los. Eles mal podiam acreditar que estavam sendo presos, acusados por bruxaria.

O que? Como assim? Não estamos mais no período medieval. Quem a Nova Ordem pensa que é para agir assim?

A Nova Ordem é um futuro brilhante! É um futuro que substitui as liberdades corruptas e ilusórias das chamadas democracias com uma disciplina muito maior. Foram necessários muitos e muitos anos de planejamento, cargos políticos estratégicos, pesquisas com rigor científico, comunicação precisa de mensagens importantes e eleições cuidadosamente monitoradas. Para esse momento raro da história da humanidade, aquele com valores e princípios estão capacitados a fazer o que é melhor. E parte desse melhor, claro, é tomar as medidas necessárias para eliminar os depravados, os criminosos e todos aqueles que ameaçam a prosperidade e supremacia da Nova Ordem. Pág 93

O que acontece é que eles são, de fato, bruxos, mas eles não sabiam disso até então. Agora devem combater esse governo perverso. Além de descobrir poderes sobrenaturais e aprender como dominar a própria magia. Eles são os únicos caminhos para libertar uma nação.

O livro tem uma proposta muito boa. Criar um enredo com jovens bruxos em um universo distópico é sensacional. Criar um mundo de opressão e totalitarismo da mesma forma que fora quando o governo nazista reinou no mundo é fenomenal. Só que a escrita de James Patterson e Gabrielle Charbonner é muito infantil.

Nunca li nenhum livro do James, mas passando pela blogosfera, muitos disseram que ele é ótimo escritor. Pergunto-me se são verdadeiras as afirmações. No fundo gostei do livro, mas as piadas são muito forçadas e os personagens não conseguem sustentar a história proposta, ambas têm mentalidade de criança e com o tempo a leitura vai ficando chata.

Quem acompanha a Novo Conceito deve ter ficado super curioso com a publicidade de Bruxos e Bruxas. Com isso, ela despertou em mim, aquela pontinha de necessidade de lê-lo. Com publicidade, sinopse e autor: Bruxos e Bruxas tinha tudo para ser bom. Talvez fique bom com a sequência, mas admito que não estou com nenhuma pressa para descobrir.




Título: Bruxos e Bruxas
Autores: James Patterson e Gabrielle Charbonner
Editora: Novo Conceito
Nº de Páginas: 286
Edição: 2013




2 comentários:

  1. Oi Axwell,
    eu já não tinha vontade de ler. Imaginei que fosse mais uma história clichê. Depois dessa sua resenha, fiquei convencida. Muito obrigada! Beijos! Seguindo e curtindo!
    www.viagensinterliterariasalua.blogspot.com.br
    www.literaturaesquizofrenica.blogspot.com.br

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  2. Oi Axwell! Legal ver você falando desse livro. Eu ainda não li, mas estava ontem conversando com um amigo que leu esse livro, e como você, não gostou. Foi praticamente o mesmo que vc disse.
    As vezes o marketing engana bem a gente. Para você ter uma noção, essa foi a primeira vez que reparei a coautoria. Nunca tinha visto o nome da Gabrielle Charbonner. rsrs As vezes um nome famoso vende mais que uma boa história.

    Gostei do seu blog e vou seguir e continuar acompanhando. Se quiser conhecer o meu blog, vou deixar o link.

    Beijos,
    Bell

    http://contosdoguerreiro.blogspot.com.br/

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