RESENHA: Penelope

Título: Penelope
Autor: Marilyn Kaye
Editora: Galera Record
Páginas: 236

Sinopse: Penelope Wilhern tem tudo o que uma garota pode querer: uma família rica e da alta sociedade, um quarto adorável e muitas de estilistas famosos. Mas nem tudo é perfeito e ela tem um probleminha... foi amaldiçoada com um nariz de porco, e a maldição só será quebrada quando alguém de sua mesma classe social aceitá-la como ela é.

Isolada do mundo pela família envergonhada, Penelope precisa entrevistar uma fila de solteiros esnobes na tentativa desesperada de encontrar um marido e acabar com a maldição. Mas ele deseja muito mais da vida e, depois que os planos de sua mãe e de sua mãe e de uma casamenteira profissional desandam, ela resolve fugir e cair no mundo em busca de liberdade.

Sabe aquele momento em que um livro te pega de jeito? Foi o que aconteceu comigo ao ler Penelope. Tive a vontade de lê-lo quando assisti ao filme, e já sabia o que me esperava. Tirei uma lição muito grande do livro, algo que não tinha há muito tempo com livro nenhum.

Conhecemos Penelope, uma menina doce que a 25 anos esta trancada em sua casa sem conhecer o mundo em que vive. O motivo que isto se deu, é que ao invés de ela ter um nariz normal, possui um focinho de porco no lugar. A menina-porco. Este nariz se deve a uma maldição lançada em sua família em algumas gerações atrás, que só aconteceria com a primeira filha que nascesse, infelizmente Pelenope foi a sortuda.

"Quando Jessica Wilhern estava dando à luz seu bebe, ela e o marido, Franklin Wilhern, estavam um pouco nervosos. Dizia a lenda que uma maldição tinha sido lançada por uma bruxa sobre a família Wilhern 150 anos antes, quando Ralph Wilhern se recusara a casar com a filha da bruxa e a moça cometeu suicídio. A bruxa declarou que a próxima menina nascida na família Wilhern teria cara de porco". Pág 73 

A maldição só poderia ser quebrada quando alguém de sua mesma classe social pudesse amá-la verdadeiramente. Agora me digam: quem amaria uma pessoa que tem nariz de porco? Foi o que eu pensei. Mas desde os seus 18 anos, sua mãe vem agendando encontro as escuras com todos os sangues-azuis. O problema é que, toda vez que algum rapaz a via, corria de tal forma que deixava Penelope sem esperanças. Até que um dia, Max apareceu, onde ele foi o primeiro rapaz que não correu quando a viu.

Quando Max diz que não pode casar com ela, Penelope foge de casa. Descobre um mundo fora da televisão e dos livros que ela conhecia. O mundo era perfeito, melhor do que ele poderia imaginar. É nesta situação que o povo conhece-a, ela não precisava mais se esconder.

Mas porque Max não pode ser casar com Penelope? Ela consegue quebrar a maldição se ninguém consegue olhá-la sem correr? Descobrimos isto no decorrer do livro.

Cada personagem é encantador. Annie, uma entregadora que Penelope conhece em um bar, é uma pessoa do qual a beleza não deve ser levada em conta, ela dia que com nariz ou sem nariz Penelope continuaria a mesma. Lemon, o reporte que perdera um olho quando tentou tirar uma foto de quando Penelope era criança, nos ensina que nem tudo o que queremos deve-se, de fato, ser concluído. Edward, um ex-pretendente que ao ver a menina pela primeira vez, corre para a delegacia dizendo que fora atacado por uma monstra com focinho de porco.

O que me chamou muita atenção foi a Jéssica, mãe de Penelope. Ela recriminava a filha, dizendo que aquele rosto não era dela e sim do seu tio, o causador da maldição. Ela não aceitava sua filha, o que me deixou acanhado porque, para mim, a mãe deveria ser a primeira a compreender a filha e amá-la acima de tudo, mas não é assim que as coisas funcionam.

Este conto de fadas moderno não começa com ‘Era Uma Vez’. O livro faz você se questionar o tempo todo. Quem você é? Você se aceita do jeito que é? E levei muito pelo o lado pessoal, me importava com o que as pessoas pensavam sobre mim, de agora em diante o que realmente importa é o que eu penso de mim, e nada mais. Penelope me ensinou que devemos nos orgulhar da forma que somos, gordo ou magro, alto ou baixo... Ela demorou a perceber isto, claro que não é fácil aceitar algo em você quando todos em sua volta recriminam.

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